Aumento nas internações por quedas de crianças alerta para cuidados preventivos

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Dados recentes do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do SUS, compilados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), revelam um aumento significativo nas internações de crianças menores de dez anos devido a quedas. No ano de 2023, o SUS registrou a internação de 34.067 crianças por esse motivo, representando um aumento de 13,7% em comparação com o ano anterior.

A relevância desses números reforça a importância dos constantes alertas sobre os cuidados necessários com crianças e adolescentes, além de ressaltar a conscientização sobre a importância da consulta regular com pediatras e especialistas em situações onde acidentes envolvendo quedas indiquem a necessidade de avaliação profissional.

As quedas são uma das principais causas de visitas à emergência na infância, podendo resultar em cortes, fraturas, lesões em órgãos internos e até traumatismo cranioencefálico (TCE). A Dra. Roberta Oriana, pediatra do Instituto de Educação Médica (IDOMED), destaca a importância de buscar atendimento médico após quedas mais intensas, que gerem alterações no estado de consciência da criança, palidez ou insegurança por parte dos pais.

A SBP oferece orientações sobre cuidados para prevenir acidentes com crianças, especialmente em lactentes. É fundamental não deixar bebês sozinhos em superfícies elevadas, como camas e trocadores, e garantir que os móveis utilizados para dormir estejam equipados com grades de proteção adequadas. Além disso, é necessário supervisionar a criança, mesmo quando estiver contida em cadeiras com dispositivos de segurança.

Na fase pré-escolar e escolar, os cuidados devem ser redobrados. Móveis devem ser dispostos de forma que a supervisão das crianças seja constante, e medidas como trancar portas e bloquear o acesso a áreas perigosas da casa são essenciais. Equipamentos de proteção, como capacetes, devem ser utilizados em atividades como andar de bicicleta, sempre sob supervisão de um adulto.

A Dra. Roberta ressalta que nem todas as quedas exigem ida ao hospital, mas situações como quedas de alturas consideráveis, acidentes automobilísticos e perda de consciência pós-trauma demandam avaliação médica urgente.